Mudei os nomes das pessoas. É que não tenho autorização para contar a seguinte história real: Nos anos 70 o mineiro Eduardo foi passear na região de Ortigueira-Pr. com a família. Ao sair de casa tomou umas branquinhas e na estrada mais algumas. Já meio alegre parou o carro para abastecer próximo a cidade de Faxinal. Enquanto o frentista abastecia o carro Eduardo encostou na "bomba" e teve a impressão de ter levado um choque. O frentista riu do episódio. Como Eduardo não gosta de brincadeiras discutiu com o rapaz e para não fazer "burrada" perto da família veio embora para Rolândia. Era um domingo e chovia bastante. Deixou a família em casa, pegou duas perucas loiras, dois revólveres e uma carabina e foi na casa do seu irmão Gilberto, que sempre o acompanhava em todas as suas proezas. Ao chegar na casa de Gilberto recebeu a informação da mãe que o mesmo estava no cinema com a namorada. Eduardo não se fez de logrado, foi até o cinema... Ao chegar na portaria o rapaz da bilheteria vendo aquela figura com uma peruca loira na cabeça, dois revólveres Colt 38 na cintura e uma carabina na mão direita, nem pediu o ingresso... já foi autorizando a entrada. O filme já tinha começado... no meio da escuridão, Eduardo que já tinha tomado mais "uma" no Bar Cinelândia começou a gritar: - Gilberto!... Gilberto!... O irmão ao ouvir o seu nome conheceu o sotaque do irmão e foi lá ver o que tinha acontecido e perguntou: - O que foi Eduardo? o que aconteceu "pro cê" me procurar aqui e com este peruca na cabeça? Eduardo respondeu: - vem comigo que nós vamos matar um sujeito que me desacatou na presença de minha família lá em Faxinal.... Gilberto para evitar maior escândalo levou a namorada pra casa e entrou no carro do irmão que seguiu em direção a Faxinal em meio a forte chuva. Gilberto ia argumentando com o irmão: - deixa isso pra lá... ninguém te conhece lá em Faxinal... pra que matar um sujeito que você nem conhece? Eduardo retrucou: - Mas eu não posso aceitar isso... ele não podia me desacatar assim.. Depois de muito insistência e vendo que não tinha jeito mesmo, Gilberto sentenciou: - Então pára em um buteco ai para eu tomar uma dose, pois eu não posso matar um sujeito que eu nem conheço com o sangue frio... E assim fizeram.. pararam num bar beberam várias doses e depois da meia noite, já bastante bêbados foram até o posto para executar o frentista. Mas chegaram muito tarde e o posto já estava fechado. Assim acabaram voltando para casa bêbados e o máximo que fizeram foi descarregarem os dois revólveres nas placas da beira da estrada e riram bastante de loucura que quase fizeram. JOSÉ CARLOS FARINA
quinta-feira, 12 de julho de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
JOSÉ FARINA FILHO - PIONEIRO EM ROLÂNDIA - PR.
JOSÉ FARINA FILHO
O Sr. José Farina Filho nasceu em Jardinópolis-SP. aos 02 de outubro de 1928, faleceu em Rolândia-Pr. no dia 22 de setembro de 2006, aos 77 anos de idade.
Sr. José Farina Filho era casado com a Sra. Sebastiana Martin Farina e tinha 6 filhos, Pedro Argemiro e Marco Antonio (comerciantes), Paulo Ademir (engenheiro), José Carlos (advogado), Maria Dolores e Sandra Mara (professoras), 14 netos e uma bisneta.
Foi pioneiro do município da gleba cafezal onde chegou em 1940 em companhia dos pais José e Adelaide e dos irmãos Antonio, Irineu e Laura. trabalhou na lavoura até 1953, derrubando mata, plantando, colhendo e comercializando lenha para os moradores da cidade que utilizavam este combustível para os fogões.
De 1953 até a sua aposentadoria foi corretor de imóveis, chegando a vender terras para a Companhia de Terras Norte do Paraná, na região de Umuarama e Uniflor. Sempre usando chapéu de feltro e óculos, era muito conhecido também pelo seu inconfundível Jipe Wilys 1951, verde.
Como agricultor e depois corretor de imóveis ajudou a desbravar o interior do Município, trazendo compradores de terras de outras regiões e de outros Estados, que acabaram se fixando em Rolândia, aumentando ainda mais as nossas riquezas e produção. Naquela época não havia estradas asfaltadas e o serviço do corretor era muito duro. Quando era época de estiagens havia muita poeira e em ocasiões de chuva era quase que impossível o deslocamento de veículos, mesmo que fossem jipes. Seu conhecimento era tão grande sobre o nosso município que até poucos anos atrás conhecia lote por lote, gleba por gleba, os antigos proprietários.
Além do amor pela nosso município, pelas nossas terras e pela família, tinha também muito amor pelo Nacional Atlético Club, o NAC, time de seu coração, onde chegou a exercer o cargo de diretor de publicidade, fazendo a propaganda dos jogos através de alto-falantes ambulante em Rolândia, Cambé, Arapongas e Jaguapitã, convocando a torcida para comparecerem ao estádio em dia de jogos. Os filhos jogavam os panfletos na rua.
O Sr. José Farina Filho não perdia nenhum jogo do Nacional, mesmo que o time se apresentasse em locais distantes. Com o seu radinho de pilha colado no ouvido não perdia nenhum lance. O seu grito era sempre este: Vamos! vamos lá Nacional! aí garoto! muito bem!
Após se aposentar em 1992 trabalhava todo dia na Eletrônica Central, localizada na Av. Expedicionários, 65, consertando chuveiros e ferros elétricos, trabalho que fazia com muito amor, mais como uma distração.
Como pioneiro, corretor de imóveis e técnico de chuveiros angariou muitos amigos, que compareciam diariamente para conversar sobre muitos assuntos. Mesmo tendo estudado apenas o antigo curso primário, tinha uma boa cultura, e durante muitos anos lia jornais diariamente e não perdia sequer um Jornal Nacional estando sempre bem informado sobre todos os assuntos e também sobre a política nacional e municipal.
Tudo o que conseguiu através do seu trabalho como agricultor, corretor e depois comerciante investiu em Rolândia, a cidade do seu coração, onde ainda moram sua esposa, seus 6 filhos, netos, bisneta, irmãos e sobrinhos, e onde estão sepultados os seus pais, sogros e um irmão. JOSÉ CARLOS FARINA
FOTO - JOSÉ FARINA FILHO com o autor deste artigo.
FOTO - JOSÉ FARINA FILHO com o autor deste artigo.
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